01 dezembro 2010

Campanhas para o legislativo custaram R$ 2,2 bilhões (do blog do Fernando Rodrigues)

Em 2010, 16,5 mil candidatos disputaram 1,6 mil vagas para senadores ou deputados


Estados com menos eleitores têm o voto mais caro

Candidatos que disputaram as eleições legislativas de 2010 declararam à Justiça Eleitoral gastos de campanha que somam R$ 2,186 bilhões. A informação foi divulgada hoje (29.nov.2010) pelo TSE (Tribunal Superior Eleitoral).

O valor é a soma das despesas declaradas dos 16,535 mil candidatos que disputaram 1,626 mil vagas de senador, deputado federal, estadual e distrital.

Abaixo, quadro com valores separados por cargo disputado:




Campanhas mais caras
Para o Senado, Minas teve a campanha mais cara: os 12 candidatos que disputaram suas 2 vagas gastaram R$ 34,8 milhões. No entanto, quando considerado o valor gasto por eleitor, quem está na frente é Roraima – o menor colégio eleitoral do país, como destacado no post abaixo. Ali, cada candidato a senador investiu, em média, R$ 13,57 por eleitor.

A tabela abaixo mostra dados da eleição para senador por Unidade da Federação. Apresenta o n° de candidatos, o n° de eleitores, o total gasto pelos candidatos e o gasto médio (por candidato e por eleitor):




Para deputado federal, verifica-se a mesma lógica. Estados com mais candidatos e mais eleitores somam maior gasto de campanha: São Paulo (1.007 candidatos, 30,3 milhões de eleitores, gasto total de R$ 209,7 milhões) e Minas (489 candidatos, 14,5 milhões de eleitores e gasto de R$ R$ 121,7 milhões). Mas, novamente, o voto de cada eleitor é mais caro em Roraima, o Estado com o menor n° de eleitores (271,8 mil) e um dos que teve menos candidatos (57).

Além disso, Roraima está entre os Estados com menos vagas na Câmara dos Deputados (8, o mínimo). O quadro abaixo mostra os dados, por Unidade da Federação, sobre a eleição para deputados federais (incluindo o n° de vagas por Estado, conforme publicado na resolução 23.220 do TSE):




Por fim, dados sobre gastos das campanha legislativas estaduais confirmam a tendência apontada no Senado e na Câmara. Candidatos de São Paulo e Minas também foram os que mais gastaram (R$ 170 milhões e R$ 106 milhões, respectivamente). Os do Amapá aparecem em último lugar no ranking das despesas (R$ 4,6 milhões), mas investiram R$ 11 por eleitor (mais que os R$ 5,6 de São Paulo e os R$ 7,33 de Minas). Mais uma vez, Roraima tem o voto mais caro: R$ 32,27 por eleitor.




Segundo a assessoria de imprensa do TSE, o levantamento divulgado hoje tem formato inédito e seu departamento de estatísticas está “analisando a viabilidade de montar uma tabela com os dados de 2006”. Com essas informações será possível fazer comparações com a eleição anterior.


Comentário: acho que a solução seria estabelecer um limite máximo fixo e dentro de uma valor razoável (combinando com fiscalização duríssima).

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