25 novembro 2010

Formação do gabinete ministerial!


É interessante observar como alguns processos políticos vão se institucionalizando e se tornando "novas" tradições no Brasil. A formação do primeiro ministério Dilma é um exemplo: parece haver três grupos de ministros/autoridades que são escolhidos a partir de critérios distintos.

O grupo 1 seria o dos ministérios e outros órgãos de gestão econômica: Fazenda, Planejamento, BACEN, BNDES, Tesouro e Receita. Eles não entram na negociação dos partidos e a lógica técncia se sobrepõe à lógica política. O mercado também é ouvido.

O grupo 2 é o dos ministérios de articuação política e assessoramento pessoal da presidenta: Casa Civil, Relações Institucionais, Justiça e Secretaria da Presidência. O que conta aí é a confiança pessoal de Dilma. Também não entram na "rifa" dos partidos aliados.

Por fim, o grupo 3 compreende os ministérios negociados com a base aliada. Sua distribuição é fundamental para a formação da base de governo. Cidades, Saúde, etc... . Esses sãos os Dilma ainda precisa nomear. Fará isso em conjunto com sua articulação política, as bancadas congressuais e os presidentes e líderes de partidos aliados.

2 comentários:

Anônimo disse...

Engraçado é que os ministérios que são mais importantes para a sociedade porque interferem no cotidiano dela, como saúde, educação, transportes e muitos outros são os que entram nas negociações partidárias.

Antonio Lassance disse...

Leo, Ótima análise. Postei no meu blog também: http://antoniolassance.blogspot.com/2010/11/transicoes-presidenciais-no-brasil-o.html