27 janeiro 2011

2014 já começou para o PSDB. O primeiro passo é remover Serra! A guerra foi oficializada ontem!


Aécio e Alckmin isolam Serra em eleição no PSDB

Deu na Folha de São Paulo de hoje!

Mineiro e paulista tentam impedir que ex-governador assuma comando da sigla

Documento articulado às pressas obtém adesão de 53 deputados do partido e defende que Sérgio Guerra continue

CATIA SEABRA ENVIADA ESPECIAL A BRASÍLIA
MARIA CLARA CABRAL DE BRASÍLIA

Aliados do senador eleito Aécio Neves (MG) e do governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, endossaram uma operação que fecha as portas do comando do PSDB para o ex-governador José Serra.

Derrotado na corrida presidencial, Serra manifesta interesse pela direção da sigla para se manter em evidência.
Numa articulação desenhada anteontem, alckmistas e aecistas lideraram abaixo-assinado pela recondução do senador Sérgio Guerra à presidência do partido.

Consultado sobre a redação do abaixo-assinado, Aécio disse que o apoiaria desde que tivesse aval de Alckmin. Segundo a Folha apurou, Guerra ligou para Alckmin na manhã de ontem para falar sobre o documento.
Admitindo não ter consultado Serra, Guerra nega ter participado da elaboração do documento idealizado por senadores do PSDB. "É um documento dos deputados."

A operação foi posta em prática na manhã de ontem, durante reunião da bancada do PSDB para eleição de Duarte Nogueira (SP) para a liderança do partido na Câmara, quando mais adesões à ideia foram obtidas.

"Não sabia de nada", disse o presidente do PSDB de São Paulo, Mendes Thame, que assinou o documento. O abaixo-assinado reuniu assinatura de 53 dos 55 deputados presentes à reunião. "É um aviltamento à democracia interna do PSDB tentar reeleger o presidente em reunião para escolha do líder", protestou o senador eleito Aloysio Nunes Ferreira (SP), defensor do nome de Serra para presidir o partido. "Houve um rolo compressor. Eles assinaram sob constrangimento", emendou. Segundo participantes da costura, a recente movimentação de Serra precipitou a elaboração de um abaixo-assinado em favor de Guerra.

O ex-governador manifestou disposição de participar da reunião dos deputados, o que foi encarado como sinal de que pretende interferir nos rumos do partido. Um dos articuladores da operação, o senador Cícero Lucena (PB) disse "não entender a reação". "Serra nunca me disse que era candidato à presidência do partido."

Aecistas também atribuíram a Serra o vazamento da informação de que o publicitário indicado pelo ex-governador para produção do programa do PSDB é réu no processo do mensalão mineiro. Aliados de Aécio e tucanos de Pernambuco deram início à campanha para nomeação do senador Tasso Jereissati (CE) na presidência do Instituto Teotonio Vilela -outro destino cogitado por Serra.

2 comentários:

Anônimo disse...

Engraçado, é o único partido político onde um politico com 44 milhões de votos é isolado das decisões partidárias.O PSDB precisa de disputas nas convenções municipais, estaduais e a nacional para que se fortaleça com os militantes e eleitoralmente, basta de consenso e acordos.Isso sim seria uma "refundação" do partido.Aécio pose ser o queridinho da imprensa e dos cientistas e analistas politicos, mas ainda assim precisa mostrar que tem votos fora de Minas.

Leonardo Barreto disse...

Concordo. Aécio não é uma aposta certa, como muitos dizem. E nem o Serra pode ser descartado. O que o PSDB precisa é instalar mecanismos internos de resolução de conflitos. Eles não existem hoje. Em grande medida pelo fato das estruturas internas do partido serem precárias. Por exemplo, os tucanos não sabem quantos filiados possuem...