Nas eleições de 2008 o resultado nas urnas colocou em xeque a transferência de votos em alguns Estados, como São Paulo, Minas Gerais e Goiás. Mesmo com o apoio do governador Alcides Rodrigues (PP), o ex-candidato a prefeito de Goiânia deputado federal Sandes Júnior (PP) não conseguiu vencer Iris Rezende (PMDB) - que foi reeleito. A tese também não funcionou com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva - recordista de aprovação popular em pesquisas -, que não foi capaz de assegurar a vitória de Marta Suplicy para a Prefeitura de São Paulo. Porém, nas eleições de 2006, a crença foi reforçada com a vitória do governador Alcides Rodrigues (PP). Na época, o pepista contou com o apoio da máquina administrativa estadual por meio do governo de Marconi Perillo (PSDB), que estava com alto índice de aprovação.
Baseado na enquete realizada pelo DM, o cientista político afirma que de 10% a 15% dos eleitores ainda levam em conta a posição do político para escolher o candidato indicado por ele. O poder de transferência de votos favorável ao presidente Lula é um exemplo. "Os eleitores sempre procuram um grau de referência entre o candidato e o atual governo. Lula é um cabo eleitoral que tem poder de interferência, mas não pode significar uma transferência de votos", diz Barreto. Ele explica que é preciso levar em consideração o que o eleitor pensa no período eleitoral. "Geralmente, o candidato tem condições de vencer se o governo que o apoia é bem avaliado." Por outro lado, se o mandatário tem alto índice de rejeição, a tendência é que a eleição seja dominada pelo desejo de mudança e não de continuidade.
Publicado no Jornal Diário da Manhã - Goiânia - GO.
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