Hoje o Senado decretará guerra à opinião pública. O ataque combina: 1) Interrupção do fluxo de informações sobre os negócios suspeitos da família Sarney, com a censura patrocinada pelo TJDF ao jornal Estado de São Paulo; 2) Representação contra o senador Arthur Virgílio no conselho de ética (que já se retraiu); 3) Ameaça velada da presidência do PMDB contra o senador Pedro Simon de expulsão; 4) Decisão pelo arquivamento das representações contra Sarney e 5) Discurso apoteótico de Sarney... Que ofensiva!
3 comentários:
Infelizmente, esse é o desfecho de toda encenação daquela casa! Ou seja: os acordos entre os parlamentares (com algumas exceções) prevalecem, sempre visando seus próprios interesses. Contudo, dessa vez tivemos a participação de um ator dramático, da mesma escola de canastrice do Sr. Roberto Jefferson, Sr. Fernando Collor. Será que o abraço do Presidente Lula forneceu-lhe a coragem que faltava para colocar as manguinhas de fora novamente? Quanto à opinião pública, fica cada vez mais evidente que os senhores parlamentares estão-se lixando!
O que me assusta, prezado Edwaldo, é a capacidade de resistência da política tradicional brasileira. Como é possível que uma elite fundada em premissas do Brasil colonial conseguem manter sequestrada a mais alta casa de representação país. Infelizmente, parece que não somos tão modernos quanto gostaríamos...
O senado é retrato da elite brasileira. O currículo dos senadores é algo impressionante, a maioria já ocupou cargos de ministros de Estado, Governador, Presidente; Não estão muito preocupados com que a opinião pública pensa, pois se trata de um mandato que dura oito anos e a concorrência para o cargo é pequena. Falta compromisso com o povo e, sobretudo com o que eles de fato e de direito representam... o “ESTADO”.
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