26 fevereiro 2010

Foto interessante!



Às vezes a gente se esquece que político também é gente...

11 Mandamentos dos políticos corruptos!

Ou... Como defender a los candidatos de lá corrupción... por Mirko Lauer


° Diga que la asociación de estos candidatos con delitos comprobados puede ser cierta, pero que eso hay que contrapesarlo con su buena gestión. Sugiera además que para realizar cosas en este país uno tiene que saltarse algunas leyes a la garrocha.

° Insista en que la política está llena de personas que han hecho o hacen lo mismo que los candidatos de la corrupción, y que en consecuencia da lo mismo por quién se vota. Concluya en que lo de la corrupción no pasa de ser un argumento político.

° Simplemente dedíquese a la negación radical y afirme que en realidad nada ha sido demostrado nunca, y que la prueba está en que sus candidatos siguen libres. Sugiera luego que el apoyo popular a estos candidatos es una manera de compensar dicha injusticia.

° Haga notar que el Poder Judicial que juzga a los corruptos o la policía que los detiene andan esencialmente en la misma corruptela. A continuación mencione los casos en que estos candidatos acusados han sido exculpados o pasados por alto en el mismo Poder Judicial.

° Señale que existen otras personas mucho más corruptas a las que se les perdona todo, y lance una acusación contra alguien para reforzar el argumento. Puede incluir en el argumento que hay una conspiración antiperuana contra sus candidatos.

° Declare que en una sociedad donde la informalidad campea por encima del 60% no se puede ser 100% estricto. Diga, por ejemplo, que si nos vamos a estar fijando en licencias de conducir o reglas de tránsito, simplemente no podría haber transporte público.

° Échele toda la culpa de los robos de los años 90 a Vladimiro Montesinos, y plantee que sus candidatos asociados a él fueron engañados, y que en esa medida también fueron víctimas de la corrupción.

° Proclame con energía que ya basta de mirar hacia atrás, que ahora lo importante es concentrarse en el futuro. Diga que la democracia precisa la participación de todos, y luego descalifique a un sector de su preferencia.

° Diga que si realmente le llegaran a demostrar que sus candidatos son corruptos, por supuesto que no votaría por ellos. Puede presentar un caso en que eso efectivamente ha sucedido.

° Recuérdele a su interlocutor que los moralizadores en el fondo son los peores corruptos, y a partir de allí despotrique contra los magistrados anticorrupción. Mencione injusticias contra presidentes en la historia del Perú.

° Nunca deje de hacer notar que sus candidatos tienen alta popularidad, aprobación o intención de voto. La conclusión de esto tiene que ser que el pueblo es sabio, y no se deja engañar.

25 fevereiro 2010

Devemos acabar com a CLDF?

A crise política não significa que Brasília fracassou como projeto ético e evolutivo. Ela apenas não é uma cidade pronta. No entanto, precisamos resistir à tentação autoritária de acabar com a Câmara Legislativa e voltar à era dos governadores indicados.A rede de cortesãos montada em torno do Palácio do Buriti não é fruto da democracia. Pelo contrário. São ecos do tempo em que os governantes não eram eleitos pela sociedade.

Fechar a Câmara eliminaria a porosidade do poder. Sem esse canal institucional, restaria aos eleitores somente a antesala de espera do governador. Seríamos todos reféns de batalhões de assessores. Para sairmos da crise política não devemos buscar o fim da democracia, mas seu aprofundamento. É preciso entender que os erros e acertos fazem parte de um longo, porém inevitável, processo de aprendizagem política ao qual todas as grandes civilizações têm que se submeter.

22 fevereiro 2010

Enquanto isso, no Canadá...


Opa...

Trecho de notícia garimpada no portal Terra...

"Em Vancouver, Nuzman viu de perto a enxurrada de críticas que o Comitê Organizador local enfrenta com acusações de planejamento inadequado, falta de transparência em contratos e uso exacerbado de dinheiro público. No Canadá, a conta ficou cinco vezes mais cara do que se imaginava. O orçamento original saltou de US$ 1,3 bilhão (cerca de R$ 2,43 bilhões em cotação atual) para US$ 6 bilhões (R$ 11,2 bilhões)."

19 fevereiro 2010

Bolsas de estudo no Canadá!


A UQAM (Universidade do QUEBEC em Montreal), no Canadá, oferece bolsas para estagiários estrangeiros de mestrado e doutorado, por um período de 4 a 6 meses. Toda a informação referente a estas bolsas poderá ser encontrada no sitio: http://www.scholarships.gc.ca/elap-fra.aspx
Pelo período de 4 ou 6 meses o estudante receberá uma bolsa entre Can$ 7500 (sete mil e quinhentos dólares canadenses) e Can$ 10000 (dez mil dólares canadenses).

A data limite para as candidaturas é 16 abril de 2010.

O formulário de aplicação das bolsas deverá ser preenchido por um professor da UQAM , orientador do estagiário candidato.

Bolsa de estudos da Alemanha!


A Fundação Konrad Adenauer oferece bolsas de estudos a estudantes brasileiros para estudos de pós-graduação para o ano de 2011. Informações mais detalhadas podem ser encontradas no próprio site daFundação Konrad Adenauer: www.kas.de/brasil ou com Cristina Bruno Fundação Konrad Adenauer

Praça Floriano, n° 19, 30° andar
20.031-050 - Centro
Rio de Janeiro - RJ -Brasil
T: +55 21 2220 5441
F: +55 21 2220 5448

18 fevereiro 2010

Está aberta a polêmica...

O que vocês acham da opinião de Fernando Rodrigues? Amanhã eu direi o que eu penso... Me ajudem com a opinião de vocês, ok?


Brasília fracassou


BRASÍLIA - A prisão preventiva do governador de Brasília, José Roberto Arruda, confirma a falência do modelo político-administrativo do Distrito Federal. Criado em 1960 e piorado ao longo das décadas, o sistema é disfuncional e produz escândalos em série.

O Congresso fará um bem ao Brasil -e aos habitantes de Brasília- se extinguir o modelo em vigor. O Distrito Federal tem mais de 2,5 milhões de habitantes e nenhum prefeito nem vereador. Só há um governador e uma Câmara Distrital. A concentração de poder é a porta de entrada para a corrupção.

Considerava-se necessário no passado instalar a capital da República numa área de segurança nacional. Esse conceito caducou. Não há prejuízo nem risco para o Brasil hoje se o Distrito Federal for devolvido para Goiás. Cidades satélites como Ceilândia (mais de meio milhão de habitantes) passariam a ter prefeitos e Câmara Municipais.

Não ficariam mais controladas por um administrador nomeado sabe-se lá com que tipo de influência política imprópria e oculta. O centro de Brasília também pode ser uma cidade autônoma, como as demais, com prefeito e vereadores. Os cidadãos brasilienses passariam a votar para eleger o governador de Goiás, senadores, deputados federais e estaduais goianos.

Os benefícios seriam fartos. O Senado eliminaria as três vagas de Brasília. Não haveria mais Câmara Distrital e a casa dos horrores chamada Palácio do Buriti, sede do governo local. Os edifícios poderiam ser convertidos em museus.

É preciso coragem para colocar essa mudança em prática. Mas o fracasso retumbante do sistema atual exige grandeza do Congresso: acabar com o democratismo da Constituição de 1988 que ampliou de maneira desmedida a autonomia administrativa para um pedaço de terra no interior de Goiás. Um benefício pago com o dinheiro de todos contribuintes brasileiros

Janela indiscreta!

17 fevereiro 2010

Conselhos de César Maia ao DEM de Brasília!

(do ex-blog de César Maia)

1. É comum ouvir de políticos que um escândalo termina quando a imprensa descobre um novo escândalo ou uma nova tragédia e renova o noticiário. E a receita é ganhar tempo e esperar. E depois..., a memória é fraca. Por isso, várias vezes se lê uma declaração cínica de um político dizendo que se lixa para o noticiário e a opinião pública.

2. O caso de Brasília é, nesse sentido, uma lição para os que (culpados ou inocentes) em vez de tratar dos fatos, tratam de ganhar tempo na esperança dos fatos serem diluídos por outros fatos.

3. No dia seguinte às imagens divulgadas sobre o escândalo do governo e câmara distrital do Distrito Federal, imagens e gravações irrefutáveis em geral, o caminho a seguir, na medida em que as investigações estavam avançadas (e não começando) era pedir licença por tempo suficiente (pelo menos 4 meses) e se abrir mão de imunidade e sigilos, bancário e fiscal, seja no executivo, seja no legislativo dos que foram flagrados pelas gravações.

4. Seguir o caminho de Henrique Hargreaves, ministro-chefe da casa civil de Itamar Franco, quando seu nome foi incluído numa CPI: - Volto quando os fatos forem esclarecidos. Com isso não criou zonas de desestabilização no governo e retornou quando seu nome foi excluído. Recentemente, quando o vice-governador assumiu com a prisão e licença, essa muito atrasada, do governador, o caminho a ser adotado deveria isolar as ações do governo e dar garantias à sociedade e à opinião pública.

5. Trocar liminarmente todos os secretários e presidentes da administração indireta, convidar técnicos seniores e de carreira dos diversos ministérios federais, do Banco do Brasil e da Eletrobrás e dar carta branca na montagem de suas equipes; sustar todos os empenhos e liquidações de despesas, com exceção de pessoal, concessionários de serviço público, merenda escolar e medicamentos; cancelar os contratos das empresas comprometidas e decidir com o Tribunal de Contas, em base a experiência de outros estados, grandes cidades e do governo federal, a substituição por emergência nos serviços de informática, assim como pedir autorização para a contratação de auditorias externas independentes por área, de empresas de extenso currículo, deixando a auditoria central na secretaria de fazenda por parte do próprio TC.

6. Brasília é um governo com enorme flexibilidade fiscal e financeira, a maior de todos os Estados e Municípios do Brasil. Portanto, com rápida capacidade de retomar todas as suas linhas de trabalho. As auditorias iriam liberando progressivamente os diversos programas e num prazo mais curto do que se possa imaginar se teria retomado a normalidade.

7. Simultaneamente, a PF, o MP e o TJ estariam avançando de forma mais rápida suas investigações, definindo e demonstrando os nomes dos responsáveis e com isso, excluindo os demais que não tivessem envolvimento. A exoneração de todos ao mesmo tempo, evitaria que por inclusão ou não, se levantasse suspeitas individuais, fora das investigações e não se cometeria injustiças a favor ou contra ninguém.

8. Em relação à reação inicial, já não há mais o que fazer: a "licença" tornou-se compulsória. Mas quanto à segunda parte ainda há tempo. Até porque, como disse o ministro Marco Aurélio Melo à Folha de SP: A intervenção produzirá um círculo vicioso, com a assunção do presidente do legislativo, seu afastamento em seguida, a assunção do presidente do TJ e em seguida a escolha do novo governador pela maioria da câmara distrital, que se tornou inconfiável.

12 fevereiro 2010

Agora é que são elas...

2010 é ano de eleição para presidente da República no Brasil. Em anos recentes, houve duas reeleições: de Fernando Henrique Cardoso e de Luiz Inácio Lula da Silva. Conhece a história dos homens que os antecederam? (Esse quiz é uma gentileza do prof. David Fleischer).

1-Na história do Brasil, quais presidentes da República renunciaram ao poder?

a) Floriano Peixoto e Jânio Quadros

b) Jânio Quadros e Getúlio Vargas

c)Deodoro da Fonseca, Jânio Quadros e Fernando Collor

2- Quem elegeu o primeiro presidente da República, o marechal Deodoro da Fonseca?

a) O Colégio Militar

b) O Congresso

c) A população com título de eleitor

3- Complete: 'Na chamada política do café-com-leite, alternavam-se no poder presidentes __________'.

a) Paulistas (o café) e mineiros (o leite)

b) Paulistas (o café) e gaúchos (o leite)

c) Cafeicultores e criadores de gado leiteiro

4- O que as biografias dos presidentes Washington Luís e João Goulart têm em comum?

a) Ambos foram depostos por movimentos militares

b) Os dois presidentes nasceram no Rio de Janeiro

c) Novas Constituições foram promulgadas no governo de ambos

5-Quais presidentes eleitos faleceram antes de tomar posse?

a) Somente Tancredo Neves

b) Rodrigues Alves e Tancredo Neves

c) Café Filho e Tancredo Neves

6-Qual foi a principal realização do presidente Juscelino Kubitschek?

a) A Campanha da Legalidade

b)A inauguração da usina hidrelétrica de Itaipu Binacional

c) A construção de Brasília

7-Que presidente governou durante o Estado Novo, instalado em 1937 após um golpe de Estado?

a) General Eurico Dutra

b) Arthur Bernardes

c) Getúlio Vargas

8-Por quanto tempo o presidente Jânio Quadros ficou no poder?

a) Por sete meses

b) Por um ano e dois meses

c) Por três anos

9-Quantos foram os presidentes militares após o golpe de 1964?

a) Três

b)Cinco

c) Sete

10-O Plano Real foi lançado no governo de que presidente?

a) Itamar Franco

b) Fernando Henrique Cardoso

c) Luiz Inácio Lula da Silva

10 fevereiro 2010

Nova presidente da Costa Rica!

Laura Chichilla, cientista política de 50 anos foi eleita presidente da Costa Rica. A política tem como área de especialidade a segurança pública, é ligada à esquerda, vinculada a movimentos religiosos e de posições conservadoras no que se refere a questões como aborto.

Ela é a terceira representante de uma nova geração de políticas que alcança a presidência de uma país na AL. Ela foi precedida por Michele Bachelet (Chile) e Cristina Kirchner (Argentina).

09 fevereiro 2010

Oportunidade para pós-graduação na França!

Bolsas Thales Academia

A Assessoria de Assuntos Internacionais –INT informa que encontra-se à disposição da comunidade acadêmica o Edital de candidatura do Programa “Thales Academia” para o ano letivo 2010-2011 do Ministério Francês das Relações Exteriores e Européias (MAEE).

Para o Brasil o MAEE destina cinco (5) bolsas nas áreas de Ciências da engenharia, Economia, Gestão e Management, que serão atribuídas a estudantes que desejam cursar na França um Mastère spécialisé ou um Master of Science em uma Ecole ou uma Universidade parceira do programa.

A data limite de entrega dos dossiês de candidatura é 10 de abril de 2010 junto à Embaixada da França. Os candidatos deverão estar pré-inscritos em um dos estabelecimentos de ensino superior francês, parceiros do programa: Ecole Centrale Paris, Ecole Polytechnique, ENSIETA, ISAE, MINES Paris Tech, TELECXOM Paris Tech (Escolas de Engenharia); HEC Paris e ESSEC (Escolas de comércio e gestão) e Universidades: Université Paris-Dauphine (gestão e management) e Université Paris-Sud 11(ciências).

Informações adicionais procurar a INT no seguinte endereço: Prédio da Reitoria da UnB, sala BSS41, subsolo.

05 fevereiro 2010

A sorte sorriu para Dilma!

Maquiavel explicava com muita sabedoria que o sucesso na política depende de duas variáveis: a primeira é a habilidade, a capacidade do líder se aproveitar das circunstâncias para construir um cenário favorável. A segunda é a sorte, o destino, aquilo que está fora do controle individual de cada um.

Em entrevista ao jornal Folha de São Paulo de ontem (04), Tarso Genro responsabilizou justamente o acaso como principal responsável pelo crescimento político de Dilma dentro do PT.

"Ocorre que o partido estava fragilizado em função daqueles acontecimentos do mensalão. Tinha de ter alguém que tivesse um mandato subjetivo do partido para isso. E foi isso que o Lula fez, num vazio de vida partidária, apresentou a candidatura da Dilma como de composição, que não permitisse que os grupos políticos passassem a disputar a indicação. Acho que o Lula agiu corretamente porque havia um vazio de capacidade decisória sobre o assunto.”

Sem dúvida, o destino sorriu para Dilma, assim como fez para Sarney, Itamar, FHC (nos EUA, o livro dele saiu com o título "presidente acidental do Brasil"), etc... . Mas não se deve subestimar a ministra. Certamente, ela não estaria onde está se não tivesse tido a habilidade de retribuir o sorriso da sorte.

04 fevereiro 2010

Entrevista com Marcos Paulino (Datafolha) sobre a importância das pesquisas e sobre a sucessão presidencial!

Leia a íntegra no site do portal Terra...

Terra Magazine - Algumas pessoas questionam a legitimidade das pesquisas eleitorais. Como o Datafolha faz para evitar esse tipo de questionamento?
Mauro Paulino - A pesquisa sempre é questionada, principalmente por quem se sente prejudicado, ou por quem não estava à frente, ou quem se vê ameaçado por uma candidatura ascendente. Mas a legitimidade das pesquisas se comprova pelo histórico do desempenho dos institutos, que é a base da credibilidade adquirida por cada um deles. Então, há os mais e menos questionados. Outro fator é o uso abundante de pesquisas pelos partidos políticos. Ou seja, se pesquisas não ajudassem e não fossem um instrumento eficaz, os partidos não gastariam tanto dinheiro comprando pesquisa.

O senhor acredita que as pessoas já tomaram conhecimento de que a ministra Dilma seja a candidata do presidente Lula? 
Já há um conhecimento para lá de razoável da candidatura de Dilma. O Datafolha publicou um artigo no final do ano passado mostrando que ainda há 15% de eleitores afirmando que votariam em um candidato indicado por Lula, mas dizem não saber quem é esse candidato ainda. Então, isso dá uma dimensão do desconhecimento dela e do potencial de crescimento que tem a candidatura Dilma.

Qual o principal motivo do crescimento dela nas pesquisas? Isso é referente ao conhecimento que as pessoas têm dela ou ao fato de já saberem que ela dará continuidade ao trabalho de Lula? É uma questão mais política ou personalista?
São vários fatores ocorrendo simultaneamente. As pessoas vêm tomando conhecimento. O processo eleitoral hoje ainda é restrito às pessoas com mais informações, restrito às pessoas com taxa de escolaridade mais alta e pertencentes a um segmento menor da população. Na medida em que as pessoas com menos acesso à informação, com uma renda mais baixa - que formam a maior parte do eleitorado de Lula - forem tomando conhecimento da candidata Dilma e que Lula não pode ser candidato - porque ainda 20% vota nele na pesquisa espontânea -, teremos um panorama mais claro do potencial de votos dela. Porque quando essas pessoas tomarem conhecimento de Dilma como candidata de Lula, darão o apoio e a transferência de votos. Contudo, ela pode sofrer com a comparação com Lula.

Como assim?
O contraste entre o carisma de Dilma e Lula pode fazer com que o eleitor não vote nela. As pesquisas não têm como avaliar isso, mas acompanhar.

Sobre o carisma e a transferência de voto, o senhor acredita na transferência de votos de Lula para Dilma?
Lula tem uma penetração muito forte nos segmentos que relacionam os benefícios sociais à ação do governo federal. E também tem algo que é incomparável: o poder de comunicação, essa facilidade que ele tem de conquistar a simpatia desse segmento da população. Hoje ele é aprovado por maioria absoluta em todos os segmentos da sociedade, não só nessa camada. Isto nos permite afirmar que há potencial de crescimento em Dilma, mas que depende das comparações que o eleitor fará: Dilma e Serra, Dilma e Lula.

Apesar de registrar índice inédito de aprovação, a presidente do Chile, Michelle Bachelet, não elegeu um sucessor de sua legenda para o cargo. O Chile pode ser usado como um exemplo para o caso brasileiro?
São realidades muito diferentes. O quadro brasileiro é bem diferente do chileno.

O senhor acredita que o fato de os dois candidatos serem um pouco menos carismáticos, como o presidente eleito do PT, José Eduardo Dutra, já destacou, do que os antecessores tucano (FHC) e petista (Lula) no Planalto seja um fator que colabore para politizar a campanha?
O brasileiro está naturalmente refletindo mais sobre política em consequência do desenvolvimento da sua própria cultura nessa área. E ter uma eleição a cada dois anos ajuda muito. O eleitor vai se habituando ao voto e às consequências dele. Então, hoje, o eleitor pensa mais sobre seu voto, elabora melhor esse voto, de uma forma muito mais racional do que na primeira eleição a presidente em 1989, após a redemocratização. Ali, valia muito mais a paixão, a novidade... Nessa época, o marketing tinha um peso muito grande. Hoje, acho que o marketing político tem um peso menor e o eleitor toma suas decisões de forma mais pensada e mais autônoma, independente do carisma, que pesa, claro, mas a capacidade de administração tem sido muito valorizada. A conta que o eleitor faz é: "quem tem mais condições de resolver os nossos problemas imediatos".

Observamos um crescimento da ministra e estabilidade do governador nas pesquisas. A que se deve essa estabilidade?
Serra tem uma ótima avaliação como governador de São Paulo, teve uma ótima avaliação como ministro, tem a imagem de ser um administrador competente e de quem resolve os problemas da saúde, que é hoje o principal problema do país apontado pelos eleitores. Então, ele tem todas essas vantagens e sai na frente por conta disso, também por ter disputado eleições anteriores e estar na lembrança do eleitorado como alguém com porte de candidato a presidente. Isto justifica a permanência dele na liderança das pesquisas. Mas o que tem sido mostrado é que há uma candidata em ascensão, Dilma, há um candidato com estabilidade, Serra, e Ciro Gomes (PSB) caindo.

E o que o senhor acha da comparação entre Lula e FHC?
É inevitável também. Não consigo imaginar a campanha sem essa comparação. O marketing político vive dessas comparações, de tentar jogar o bem contra o mal. Não tem como fugir disso, mas espero que não fique só nisso. É saudável que existam candidatos como Marina Silva, por exemplo, que traz o tema do meio ambiente. Seria importante que houvesse mais candidatos trazendo outros temas para que o debate fosse mais rico.

Serra é muito bem avaliado em São Paulo e Dilma corre a passos largos em direção à liderança nas campanhas eleitorais... Equação complexa...
Mas esse é o grande dilema do PSDB e do Serra. Não será uma eleição presidencial fácil e isso já está mais do que comprovado. Além disto, o tempo na televisão é muito importante e o PT fez alianças que dão a ele quase o dobro do tempo que tem o PSDB. Por outro lado, se Serra desistir, deixa praticamente entregue a eleição para o PT. Por quanto tempo mais o PT vai permanecer no poder? Porque, em 2014, Lula volta como candidato. Serra é o candidato mais forte do PSDB, pelo menos é o que tem o caminho mais curto. Aécio Neves (governador de Minas Gerais) teria que conquistar São Paulo e isso não é tarefa fácil. Enquanto Serra já é figura nacional por já ter participado de eleições presidenciais e por ter sido ministro da Saúde. É um tabuleiro de xadrez.

03 fevereiro 2010

Qual o verdadeiro sinal que as eleições chilenas enviaram para os candidatos brasileiros?

Muitos têm apontado o exemplo da eleição chilena para desacreditar as chances do governo Lula de fazer seu sucessor (Dilma). O fato é simples: Bachelet também era uma campeã de aprovação (+ de 80%), mas seu candidato, Eduardo Frei (ex-presidente entre 1994 e 2000), foi derrotado pelo adversário oposicionista Sebastian Pinera (foto).

Isso quer dizer que o eleitor chileno não seja racional? Como é possível aprovar um governo e optar pela sua mudança? Na minha opinião, não...

Outra variável importante para explicar o quadro chileno é o contexto histórico do país. Desde a abertura democrática, apenas uma coalizão de partidos governou o país (+ de 20 anos). Por isso, houve um apelo grande por mudanças/reciclagem das lideranças para que o Chile promovesse a circulação das elites e concluísse, por assim dizer, sua transição democrática.

Mas veja: o que aconteceu no Chile é a exceção, não a regra.

Esse é o motivo pelo qual continuo apontando a ministra Dilma como favorita nas eleições presidenciais de 2010 (como, aliás, as pesquisas começam a indicar).

01 fevereiro 2010

Prévia do carnaval eleitoral!

Pessoal: estou curioso... Para vocês, candidatos "folclóricos" como esses é um produto positivo ou negativo do nosso processo político eleitoral? Se puderem, deixem um comentário com a sua opinião, ok?