Muitos têm apontado o exemplo da eleição chilena para desacreditar as chances do governo Lula de fazer seu sucessor (Dilma). O fato é simples: Bachelet também era uma campeã de aprovação (+ de 80%), mas seu candidato, Eduardo Frei (ex-presidente entre 1994 e 2000), foi derrotado pelo adversário oposicionista Sebastian Pinera (foto).
Isso quer dizer que o eleitor chileno não seja racional? Como é possível aprovar um governo e optar pela sua mudança? Na minha opinião, não...
Outra variável importante para explicar o quadro chileno é o contexto histórico do país. Desde a abertura democrática, apenas uma coalizão de partidos governou o país (+ de 20 anos). Por isso, houve um apelo grande por mudanças/reciclagem das lideranças para que o Chile promovesse a circulação das elites e concluísse, por assim dizer, sua transição democrática.
Mas veja: o que aconteceu no Chile é a exceção, não a regra.
Esse é o motivo pelo qual continuo apontando a ministra Dilma como favorita nas eleições presidenciais de 2010 (como, aliás, as pesquisas começam a indicar).
Nenhum comentário:
Postar um comentário