05 fevereiro 2010

A sorte sorriu para Dilma!

Maquiavel explicava com muita sabedoria que o sucesso na política depende de duas variáveis: a primeira é a habilidade, a capacidade do líder se aproveitar das circunstâncias para construir um cenário favorável. A segunda é a sorte, o destino, aquilo que está fora do controle individual de cada um.

Em entrevista ao jornal Folha de São Paulo de ontem (04), Tarso Genro responsabilizou justamente o acaso como principal responsável pelo crescimento político de Dilma dentro do PT.

"Ocorre que o partido estava fragilizado em função daqueles acontecimentos do mensalão. Tinha de ter alguém que tivesse um mandato subjetivo do partido para isso. E foi isso que o Lula fez, num vazio de vida partidária, apresentou a candidatura da Dilma como de composição, que não permitisse que os grupos políticos passassem a disputar a indicação. Acho que o Lula agiu corretamente porque havia um vazio de capacidade decisória sobre o assunto.”

Sem dúvida, o destino sorriu para Dilma, assim como fez para Sarney, Itamar, FHC (nos EUA, o livro dele saiu com o título "presidente acidental do Brasil"), etc... . Mas não se deve subestimar a ministra. Certamente, ela não estaria onde está se não tivesse tido a habilidade de retribuir o sorriso da sorte.

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