O congresso colombiano aprovou projeto de lei que permite a realização de um plebiscito para decidir se o atual presidente de centro-direita Álvaro Uribe poderá ou não concorrer a um terceiro mandato em 2010.
Duas coisas chamam a atenção:
1) A imprensa brasileira está totalmente reticente em cobrir o evento, afinal, terá que colocá-lo ao mesmo lado de Chávez e companhia...
2) A reeleição de Uribe mostra a fragilidade institucional da região. Nos últimos anos, Venezuela, Bolívia, Equador, Peru, Colômbia, Brasil (reeleição em 1998) e Honduras tiveram problemas com projetos personalistas de continuidade.
Enquanto em alguns países a questão da continuidade administrativa está ligada à sucessão entre pessoas do mesmo partido, por aqui o prolongamento de um projeto está ligado à perpetuação de pessoas no poder.
Esse é o problema de não termos partidos institucionalizados em torno de políticas públicas...
2 comentários:
Boa análise, concordo com você: pior do que a tentativa de perpetuação no poder é aprovar uma lei em benefício próprio. De fato a mídia brasileira está dando pouca atenção ao fato e não se refere que no Brasil, em 1998, aconteceu o mesmo no governo FHC.
"Linquei" seu texto no meu blog,
Blog do Campbell
Abs
Sim é isso mesmo, a imprensa no Brasil está constrangida por ter que usar os mesmos adjetivos de Chaves para Uribe, chama-lo de ditador, golpista e de não respeitar a democracia, etc. É um constrangimento dos portadores desse discurso aqui tambem, como personalidades ligadas ao Dem e PSDB, por exemplo, que questionaram um possível terceiro mandato de Lula.
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