31 março 2009
Sobre nossa natureza (indicação de leitura)!
E vamos aos números!
Ontem foi divulgado o relatório da pesquisa CNT/Sensus. Os números mostram o óbvio: diminuição da aprovação do governo face ao cenário de incerteza pintado pela crise econômica. Os eleitores são racionais e reagem às variações do cenário que podem afetar sua qualidade de vida.
A avaliação positiva do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva registrou 62,4% (contra 72,5% de janeiro).
A aprovação do desempenho pessoal do presidente Lula situa-se em 76,2% (contra 84% registrado em janeiro).
O que os números querem dizer?
(i) Aumentou a insegurança da população em relação ao futuro;
(ii) Lula ainda mantém uma popularidade enorme e possui boas condições de apoio para tomar medidas contra a crise;
(iii) A avaliação pessoal do presidente é melhor do que a avaliação do seu governo, indicando o poder do seu carisma pessoal;
(iv) Como a crise deve durar mais um pouco, é provável que novas baixas venham por aí.
Para acessar o relatório na íntegra, basta clicar no título do post ou digitar o endereço http://sistemacnt.cnt.org.br/
26 março 2009
Cuidados contra a lei dos "ficha-sujas"!
Hoje, participei de audiência na CLDF sobre a aprovação ou não de projeto de lei que declara inelegíveis as pessoas condenadas em 2a. instância.
25 março 2009
Reconhecimento do Curso de Ciência Política - UDF!
Prezadas(os) alunos(as) de ciência política: podemos comemorar. Segue avaliação de reconhecimento do curso feito pelo MEC. Prestem atenção nas notas (a nota máxima é 5). Esse é o resultado do trabalho em pareceria realizado por professores, alunos e funcionários.
Parafraseando o Obama: sim, nós podemos!
Análise:
Debate na CLDF! Compareça!
24 março 2009
Hora de discutir a reforma política!
Reforma política: o caminho é o fortalecimento dos partidos
(Publicado no Correio Braziliense do dia 23 de março de 2009 - a foto é do site www.brasiliavirtual.info)
Pedro Cavalcante
Doutorando em ciência política (UnB)
A configuração do sistema eleitoral-partidário é determinante para o enfraquecimento das instituições partidárias e o excessivo personalismo na política brasileira. De forma distinta, países de democracia mais madura, como a Espanha, valorizam os partidos como principal mecanismo de representação política. Com efeito, estudos recentes do Banco Interamericano de Desenvolvimento (Bird) demonstram a relação direta entre a prevalência de partidos nacionalmente institucionalizados e programáticos e políticas públicas eficientes e de qualidade.
Sendo assim, a reforma política em debate no Congresso Nacional deve necessariamente atacar a debilidade dos nossos partidos. As propostas em voga sobre o fim da reeleição, mandato de cinco anos ou terceiro mandato são casuísmos que não alteram de fato o sistema. Por outro lado, a aprovação das propostas de voto na legenda e em lista fechada preordenada, sem coligações e com cláusula mínima de desempenho, no médio prazo culminará na redução do número de partidos e no fortalecimento interno das legendas. Tais mudanças tendem a facilitar a seleção dos representantes, reduzir os custos das campanhas, tornar factível a fiscalização da Justiça Eleitoral, além de criar condições para a qualificação da atuação parlamentar.
Atualmente, o eleitor tem dificuldade em escolher o seu candidato diante da excessiva quantidade de pretendentes. Logo, os políticos não têm espaço apropriado para exporem suas opiniões e propostas. O excesso de candidaturas também inviabiliza a efetiva apuração e fiscalização da contabilidade da campanha. As campanhas eleitorais no Brasil são extremamente caras e consideradas a principal semente da corrupção. Embora o país tenha uma Justiça Eleitoral atuante, na prática é matematicamente impossível o monitoramento e a auditoria das contas de todos os candidatos em tempo hábil. A unificação das campanhas no partido reduziria os custos e também facilitaria o acompanhamento efetivo dos gastos e dos financiamentos pela Justiça Eleitoral e pela sociedade civil.
Quanto ao controle dos representantes, o sistema atual dispersa o poder e prejudica a capacidade de fiscalização pelos contribuintes. O voto no partido tende simplificar essa relação e também ampliar a preocupação dos partidos com a seleção de seus integrantes, haja vista que a pressão da opinião pública por políticos com passado probo refletirá no momento da formação da lista de candidatos.
Por fim, a estrutura vigente distorce a atuação parlamentar. Na prática, os parlamentares são reféns do Poder Executivo que controla as suas emendas orçamentárias e indicações para cargos públicos e também dependem dos financiadores, dado o alto custo das campanhas. O voto na legenda reduziria a preocupação dos parlamentares em cortejar o Executivo e ainda diminuiria a excessiva influência do poder econômico. Com efeito, os legisladores se dedicariam ao exercício das suas atividades precípuas, ou seja, participar de forma efetiva da produção legislativa e da fiscalização do Executivo.
Os críticos alegam que tradicionalmente no Brasil vota-se em pessoas e que o novo arranjo induziria à concentração do poder nos líderes partidários. O primeiro argumento é verdadeiro, mas não necessariamente positivo. Ao contrário, o voto personalista tem fortes conexões com conhecidos ismos da política brasileira: clientelismo, populismo, fisiologismo, entre outros — além de desviar a capacidade de controle social sobre a atuação do parlamentar dentro das casas legislativas. No Brasil, o eleitor esquece em quem vota, logo dificilmente fiscaliza. Acerca da tese de oligarquização, o fenômeno já ocorre na maioria dos partidos brasileiros. Cabe à legenda se ajustar às demandas dos seus integrantes e/ou eleitores. Em outras palavras, a executiva do partido pode definir a lista de candidatos ou realizar prévias com sua militância e, assim, o eleitor poderá optar entre partidos com decisões mais centralizadas ou mais participativas.
Nos últimos 20 anos, inúmeras propostas foram debatidas e perderam fôlego diante da indiferença do Poder Executivo e da perspectiva de curto prazo dos legisladores. Não há preocupação em relação ao sistema político como um todo, o olhar se restringe ao próximo pleito. A adoção dessas mudanças não é uma panacéia. Logicamente, diversos problemas persistirão e novos surgirão. Todavia, a reforma deve caminhar para o fortalecimento das instituições partidárias e, dessa forma, contribuir para aperfeiçoamento democrático do país.
23 março 2009
Ensinar política também é fazer o bem!
Política na Escola
O Política na Escola é um projeto de extensão universitária de ação contínua da Universidade de Brasília vinculado ao IPOL que atua desde 2003 em escolas da Ceilândia. O seu objetivo é retirar a imagem pejorativa que a política possui frente à sociedade através do ensino de noções de Política a crianças de 3ª e 4ª séries. Ao longo de sua história, o projeto trabalhou com mais de 3000 crianças.
O desenvolvimento do projeto se dá por meio de seis visitas quinzenais às escolas, nos dois turnos, sendo ministradas aulas com os seguintes temas: O que é Política, Participação Política, Representação, História do Voto, Democracia e Eleições.
Essas visitas são realizadas sempre às sextas-feiras, e, entre elas, são feitas reuniões de planejamento das aulas e execução de trabalhos relacionados à estruturação do projeto. O conteúdo das aulas é passado através de histórias em quadrinhos, dinâmicas de grupo, brincadeiras e teatro.
Se você deseja saber mais sobre esse projeto e até mesmo ser um membro do Política na Escola, compareça ao Curso de Formação de novos monitores. Ele terá início no dia 27 de Março às 8h, na sala AT-01 da FA!
Participe!
Dúvidas ou informações:
TioFill: 91781832 - tiofill@gmail.com
21 março 2009
Minha opinião sobre a proposta de regulação das MPs feita pelo dep. Michel Temer, presidente da Câmara dos Deputados!
20 março 2009
História da propaganda política no Brasil!
Achei um site interessante sobre propaganda que possui uma sessão especial voltada para eleições.
19 março 2009
Cinemateca política!
Crise é o nosso negócio
Esse documentário possui dupla utilidade: (i) motra como trabalha uma firma de marketing/consultoria política; (ii) retrata o contexto político da Bolívia que propiciou o nascimento do seu atual presidente, o líder cocalero Evo Morales.
O trabalho de James Carville (www.carville.info) segue modelo baseado na dobradinha pesquisa/estratégia, com a utilização maciça de grupos focais. No entanto, a atuação de Carville (que também trabalhou para Bill Clinton e alguns políticos brasileiros), eficiente para ganhar uma eleição, não foi suficiente para frear o processo revolucionário que inicia-se com a renúcncia de seu cliente, Ganzolo Sánchez de Lozada.
O marketing é poderoso, mas tem limites. Se as estratégias de comunicação não estiverem amparadas em melhorias reais da qualidade de vida da população, não há político que se sustente.
18 março 2009
A importância da imprensa para os resultados eleitorais!
TRATAMENTO DA IMPRENSA A OBAMA E McCAIN NOS 2 ÚLTIMOS MESES DE CAMPANHA!
The State of The News Media.
1. Jornais! Obama - Matérias positivas: 50%. Matérias negativas 23%. Neutras 27%. / McCain: - Positivas 5%. Negativas 65%. Neutras 30%.
2. Toda a mídia! Obama: positivas 38% -negativas 27%- neutras 34% / McCain positivas 14% - negativas 57%- neutras 29%.
(Informações do ex-blog do César Maia - www.cesarmaia.com.br)
Desespero e impotência parlamentar frente às medidas provisórias!
O principal problema atual do sistema político brasileiro chama-se Medidas Provisórias. Elas monopolizam a agenda do Congresso Nacional e oferecem um peso desproporcional ao Executivo na balança dos poderes.
17 março 2009
Palestra sobre desenvolvimento da AL na UnB!
A Universidade de Brasília receberá no dia 19 às 11 horas,quinta-feira, a visita de Enrique Iglesias, atual Secretário GeralIberoamericano, quem falará no Auditório da Reitoria. Abordará opapel da cooperação entre Europa, América Latina e Caribe nessaconjuntura de crise que vive a economia mundial.
Como ex-Secretário Executivo da CEPAL, ex-Presidente do Banco Interamericano deDesenvolvimento e, desde 2005, à frente da SEGIB, que tem sede emMadrid, Enrique Iglesias é um dos maiores especialistas atuais emtemas de desenvolvimento.
A Conferência, dedicada a um diálogo com autoridades, professores ealunos da UnB, contará com a presença de diplomáticos sediados emBrasília e está aberta a outros profissionais interessados nesse tema.
Sua organização conta com a colaboração direta do Instituto dePesquisa Econômica Aplicada (IPEA), em cuja sede está se instalando aRepresentação da SEGIB no Brasil. O respectivo Acordo de Sede seráfirmado no Palácio do Itamaraty no dia anterior, ante o Ministro dasRelações Exteriores, Celso Amorim. O ex-Embaixador do Uruguay noBrasil, Embaixador Agustín Espinosa, chefiará esta nova unidade daSEGIB.
O Brasil precisa incluir suas mulheres!
A participação política feminina encontra-se estagnada no Brasil, raramente ultrapassando 10% das cadeiras disponíveis no Congresso Nacional. Além disso, os postos de direção das Casas quase nunca são exercidos por deputadas e senadoras: do total de vinte comissões permanentes existentes na Câmara dos Deputados e onze no Senado Federal, apenas quatro são presididas por mulheres (12% do total).
Outros dados negativos ligados à participação feminina são a inexistência de mulheres líderes de bancadas partidárias na legislatura atual e de presidentas ao longo de toda a história das duas principais casas legislativas. As mulheres também têm atuação limitada à discussão de projetos ligados ao movimento feminista e, para conseguirem atenção, são obrigadas a “masculinizar” suas imagens, adotando discursos agressivos, típicos de quem necessita lutar muito para ocupar um espaço.
É claro que há exceções. Nos últimos anos, algumas políticas conseguiram destaque na cena nacional. O Pará, o Rio Grande do Sul e o Rio Grande do Norte são governados por mulheres. Na última eleição presidencial, a ex-senadora Heloísa Helena obteve a terceira colocação, com 6% dos votos válidos. No Senado, a catarinense Ideli Salvatti é atual líder do governo. Pensando adiante, há grandes chances de termos uma candidata com chances reais de vitória (Dilma Rousseff).
A ausência de mulheres torna o sistema político brasileiro míope. Simplesmente não conseguimos processar as demandas específicas da maior parcela da população. Por exemplo, há possibilidade tomar alguma decisão sobre o direito ao aborto sem ouvir a principal interessada, a mulher? É claro que não.
A atrofia da representação feminina se deve à estrutura de preconceitos existente na sociedade brasileira. Há poucas mulheres na política pela mesma razão que explica os salários mais baixos do quê os recebidos pelos homens para o exercício das mesmas funções, os altos índices violência doméstica, sexual, etc. Portanto, a presença feminina deve aumentar na medida em que os brasileiros mudarem a forma como tratam suas mulheres.
Entretanto, uma mudança cultural pode ser lenta demais e as mulheres não podem esperar tanto. É possível utilizar a política para acelerar a aquisição de direitos e o fim do déficit de reconhecimento que as atinge. Uma sugestão válida é aprovar políticas afirmativas para promover novas parlamentares às casas legislativas. Ao invés de termos cotas de candidatas, por que não criarmos cotas de cadeiras no parlamento? O Congresso Nacional pode aprovar uma lei reservando no mínimo 30, 40 ou 50% das vagas para serem ocupadas obrigatoriamente por mulheres.
O principal argumento contra a adoção de cotas para mulheres no parlamento afirma que elegeríamos vereadoras, deputadas e senadoras despreparadas para a função, dado que só chegaram lá por conta da nova lei. No entanto, o aporte de novas protagonistas permitiria o “peneiramento” de novas líderes. Aquelas que não estivessem à altura da missão seriam excluídas na próxima eleição. É a democracia em ação!
Os benefícios de uma política dessa natureza seriam enormes. A começar pelo seu efeito educativo. Ao assistir mulheres tomando decisões, participando de debates e dando entrevistas para os principais jornais, milhões de meninas entenderiam que o mundo da política também pertence à elas. Daí resultaria um enorme ciclo virtuoso, com o aumento da representatividade, da competição e da qualidade parlamentar no Brasil.
Nosso país se tornará grande apenas quando conseguir delimitar e enfrentar seus problemas. Isso inclui corrigir injustiças e ter coragem para inovar, para mudar. Esta é uma ótima oportunidade para mostrar ao mundo o novo Brasil que todos desejamos ver nascer, respeitoso e justo, independente do sexo. E, tratando-se de nascimento, ninguém melhor do que as mulheres para nos ensinar como é que se faz.
16 março 2009
A revolução bolivariana contra o federalismo
O mapa político da Venezuela retrata a hegemonia de Hugo Chávez. O único centro oposicionista importante é o distrito que compreende a própria capital.
Entretanto, o líder da revolução socialista bolivariana toma providências para evitar o surgimento de novos estados governados por dissidentes. A principal medida é o enfraquecimento do federalismo.
A lei que passa o controle de aeroportos e portos para o governo central é uma prova disso. Ao minguar as fontes de recursos estaduais, promove uma centralização do país e torna os líderes locais cada vez mais dependentes de Caracas.
Aliás, Chávez não é o primeiro a ter problemas com a organização federativa. A Bolívia também vive conflitos em função da oposição que governadores da chamada “meia lua” (estados de Pando, Beni, Santa Cruz, Chuquisaca e Tarija) oferecem ao presidente Evo Morales.
O problema não é o federalismo. Pelo contrário. Os dois casos mostram o objetivo desse tipo de organização política: dividir para controlar, pois cria unidades autônomas e evita a concentração de todo o poder nas mãos de apenas uma facção política.
O federalismo é um instrumento útil contra projetos hegemônicos, garantindo a existência da oposição, algo altamente saudável para a manutenção da democracia.
15 março 2009
13 março 2009
Outra oportunidade de aprender sobre os Estados Unidos!
O Centro de Informação e Pesquisa (Information Resource Center - IRC), da Embaixada dos Estados Unidos, tem o prazer de divulgar aos seus usuários um chat, em ingles, sobre “Impact of the African-American Community on U.S. Politics” no dia 13 de março às 13:00h, horário de Brasília, com a participação de Sheila Walker, antrópologa, cineasta e diretora da Afrodiaspora, Inc., uma organização envolvida na área de educação no continente Africano. Não é necessário inscrever-se para participar!
Se tiver interesse, queira por gentileza, acessar o link abaixo.
12 março 2009
Misturar fantasia e realidade: uma especialidade dos americanos...
11 março 2009
Todos contra a corrupção!
10 março 2009
Imagem é tudo em comunicação política!
"Lesley Stahl covered the Reagan White House for CBS News. One day in 1984 she broadcast a five-minute (extremely long for TV news) blistering report on how President Reagan was cutting funding for public health and for children with disabilities. After it aired, the late Richard Darman, a top Reagan aide, called and said, "Congratulations! We loved it!"
Stahl was dumbfounded. The piece had been a hatchet job.
"Nobody heard what you said," Darman told her. The pictures Stahl had used to "cover" her story were of Reagan cutting ribbons at hospitals and speaking at the Special Olympics. The White House knew that these warm images spoke a lot louder than anything Stahl was reporting."
Os 100 primeiros dias de Obama! Convite para Webchat!
O Centro de Informação e Pesquisa (Information Resource Center - IRC), da Embaixada dos Estados Unidos, tem o prazer de divulgar aos seus usuários um chat, em ingles, sobre “Os primeiros 100 dias de governo Obama e a nova administração” a ser realizado no dia 11 de março às 11:30h, horário de Brasília, com a participação de Charlie Cook, jornalista, comentador da revista National Journal e analista politíco. Não é necessário inscrever-se para participar!
Se tiver interesse, queira por gentileza, acessar o link abaixo.
http://www.america.gov/multimedia/askamerica.html#cook_02_feb_2009
09 março 2009
Considerações sobre a participação política feminina no Brasil
Necessidade de empurrão masculino é quase regra (publicada no jornal O Povo, do estado do Ceará)
No Brasil e no mundo, poucas são as mulheres que conseguem subir os degraus da política apenas com força própria. Muitas chegam lá com ajuda do marido ou pai
Apenas 6,85% do total de votos. Foi o máximo que uma mulher conseguiu conquistar, até hoje, na corrida rumo à Presidência da República no Brasil. O feito foi da então senadora Heloisa Helena (PSol), em 2006 - quando uma segunda representante do time feminino também disputou o topo do Executivo, Ana Maria Rangel (PRP), com uma performance ainda mais minguada (só 0,13% da preferência). Os resultados podem até ser desanimadores para as mulheres que ainda pretendem se aventurar na empreitada, mas, em 2010, os ventos podem começar a mudar. Partido forte, ampla base de apoio e, principalmente, a unção do presidente Lula (PT) são ingredientes da vitamina que promete levantar qualquer candidatura. E, dessa vez, quem se serve do "elixir" é Dilma Rousseff (PT), ministra-chefe da Casa Civil.
De acordo com a última pesquisa CNT/Sensus, divulgada no início de fevereiro, Dilma tem 13,5% das intenções de voto até agora - dado que a coloca em segundo lugar no ranking dos presidenciáveis em 2010, atrás apenas de José Serra (PSDB), que aparece com 42%. "Ela é a candidata mais viável que o País já teve, a que chegou mais longe", opinou o cientista político da Universidade de Brasília (UnB) Leonardo Barreto. Ele lembrou que, em 2002, outra mulher - Rita Camata (PMDB) - ameaçou chegar ao Palácio do Planalto, mas como vice de Serra. A dupla, batizada pelos adversários com o cacófato "Serra e Rita", conseguiu levar a disputa para o segundo turno, mas foi derrotada por Lula.
Apesar de Heloisa Helena, fundadora do próprio partido, gritar, bater na mesa e tentar caminhar com as próprias pernas, ainda não foi possível chegar tão perto do Executivo nacional. Por outro lado, consagrar-se como braço direito do Governo Federal ou embarcar na candidatura de personagens já consolidados da política brasileira tem demonstrado ser bastante vantajoso. "Entrar na política é sempre difícil, para mulheres ou homens. Por isso, muitos precisam de um suporte. Como as mulheres são minoria na carreira, o apoio delas acaba sendo o de um homem", explicou Leonardo Barreto.
No Ceará, há vários exemplos de parlamentares que contaram com o capital político de familiares - do sexo masculino, ressalte-se como um dos fatores de sucesso nas urnas. Na última legislatura da Assembleia, as ex-deputadas estaduais Meyre Costa Lima (PSDB) e Gislaine Landim (PSB) foram lançadas por intermédio dos maridos, deputados Júlio César (PSDB) e Welington Landim (PSB), respectivamente. Na Câmara de Fortaleza, a vereadora Eliane Novais (PSB), mulher com mais votos na disputa, foi alavancada pelo irmão, Sérgio Novais, presidente do partido no Estado e atual diretor da Companhia Docas do Ceará. Em Caucaia, a ex-prefeita Inês Arruda também ganhou uma mãozinha do marido, deputado federal José Gerardo Arruda (PMDB).
Reflexo
Segundo Leonardo Barreto, o fenômeno reflete a dificuldade de acesso das mulheres à política. "Sozinhas, algumas delas conseguem, por força dos movimentos sociais, mas é difícil", explicou. (Hébely Rebouças)
Convite para palestra sobre a nova constituição boliviana
O Embaixador da Bolívia, Dr René Maurício Dorfler Ocampo, tem a honra de convidá-los(as) para a apresentação do Senhor Chanceler da República de Bolívia, D. David Choquehuanca Céspedes , tratando do tema " BOLÍVIA E A NOVA CONSTITUIÇÃO POLÍTICA DO ESTADO", a realizar-se no Auditório da Central Unica dos Trabalhadores (CUT), situada na SDS Edificio CONIC, na próxima 6a-feira 13 de março de 2009, às 9:00h .
O Embaixador da República da Bolívia, agradece por sua gentil presença, expressando sua mais alta e distinta consideração.
Estratégia de comunicação política em tempos de desemprego
(O texto abaixo foi retirado do ex-blog do César Maia. O ex-prefeito do Rio tem como um dos seus temas preferidos o comportamento eleitoral e estratégias de comunicação política. Segue uma lição interessante àqueles que se interessam pelo assunto. Na minha opinião, faz muito sentido... O endereço do seu site é www.cesarmaia.com.br e a assinatura é gratuita.)
ELEIÇÕES E DESEMPREGO!
1. A resposta de Carville à sua equipe sobre como Clinton derrotar Bush-Pai em 92, "é a economia, estúpido", transformou-se em um slogan. De que forma a menor atividade econômica e a recessão impactam sobre a decisão do eleitor? Analisando várias eleições -e o caso mais flagrante foi a reeleição de Menem contra Bordón, na Argentina- quando a campanha de Bordón incorreu em um erro de comunicação, que percebido, passou a orientar outras situações semelhantes.
2. A comunicação em conjuntura de recessão não deve ser dirigida especialmente aos desempregados, seja por razões quantitativas, seja pela incompreensão que gera nos que estão empregados. A recessão e o desemprego criam um clima de insegurança e instabilidade naqueles que estão empregados, vendo seus colegas serem demitidos e lendo tantos casos na imprensa. O público alvo da comunicação devem ser os empregados. O que se fará para que eles não percam o emprego.
3. Esse público alvo, além de ser majoritário e de maior mobilidade e multiplicador do voto, seja no local de trabalho, como onde mora, vis a vis as próprias condições do desempregado, ainda é abrangente, incorporando os desempregados. Ao contrário não. É como se empregar os desempregados criasse mais insegurança para quem está empregado. Essa é a sensação que cria uma comunicação de alvo primário errado.
4. A crise atual e o desemprego serão temas de pré-campanhas e campanhas. Cabe afinar a comunicação de forma a atingir o público certo, os empregados e a partir destes, incorporar os desempregados. Sob pena de se criar mais incerteza ainda.
06 março 2009
Modelo econômico antiquado ajuda a proteger Brasil da crise
Em reportagem intitulada "Colhendo os frutos da indolência", a publicação lembra que até pouco tempo atrás a influência "dominadora" do Estado sobre o setor financeiro vinha "atrasando" a economia brasileira.
"Mas nas novas circunstâncias, essas políticas lamentáveis repentinamente parecem distantes e deram à crise global uma cor diferente no Brasil", diz o texto.
"Outros países estão tentando descobrir como administrar bancos e crédito direto. Isso é algo que o Brasil fazia mesmo quando já estava fora de moda", afirma a revista. "Mas é um sinal dos tempos o fato de recentemente, em uma pesquisa sobre o Brasil, o (banco de investimentos) Goldman Sachs ter citado o envolvimento do Estado nos bancos como algo positivo." A Economist lembra, no entanto, que apesar de o Brasil ter sido poupado dos piores efeitos da crise global, a economia do país está se enfraquecendo. A revista cita o aumento de demissões na economia formal e a queda da produção industrial.
"O Brasil deve demorar a sair da crise, assim como demorou para entrar nela", decreta a reportagem.
Mas o texto ressalta que, se comparada com o que outras nações estão vivendo hoje, a economia brasileira atual ainda está em forma. "Dada a antiga tendência do Brasil de sofrer um ataque cardíaco cada vez que outras economias internacionais ficavam estressadas, a notícia é impressionante." Para a revista, dois dos principais motivos para o Brasil ter melhorado nesse aspecto foi a dívida do setor público, que foi levada para abaixo da linha de 40% do PIB, e a reserva de US$ 200 bilhões para defender o real.
"Mas o mais importante é que a crise não está fazendo a inflação subir - o ponto-fraco congênito do país", diz o texto. "Isso permitiu que o Banco Central corte juros para tornar a dívida pública mais barata. Esta é a primeira vez que o Brasil consegue manter uma política monetária cíclica." A revista entrevistou economistas brasileiros que preveem que os gastos públicos devem subir neste ano, por causa da proximidade das eleições presidenciais - o que deve aumentar o superávit primário.
"Em outras épocas isso assustaria o mercado, mas agora eles devem ter menos pânico, já que as finanças governamentais estão mostrando o mesmo grau de deterioração - ou pior."
05 março 2009
Cinemateca política!
04 março 2009
Governo anistia João Goulart
Após 32 anos da morte do ex-presidente João Goulart o governo concedeu a ele status de anistiado político "post mortem". A decisão, assinada pelo ministro da Justiça, Tarso Genro, foi publicada na edição desta quarta-feira doDiário Oficial da União.
De acordo com a portaria, a viúva de Jango, Maria Thereza Fontella Goulart, vai receber uma indenização "mensal, permanente e continuada" de R$ 5.425. O governo também vai pagar valores retroativos - referentes ao período entre setembro de 1999 e novembro de 2008 - que somam R$ 643.947,50.
Jango foi presidente da República entre setembro de 1961 e março de 1964. Após o golpe militar, ele deixou o governo e se refugiou no Rio Grande do Sul. Posteriormente, seguiu para o exílio no Uruguai e na Argentina, onde morreu aos 57 anos, vítima de um infarto.
(Notícia publicada no site Terra)
Seminário Mais Mulheres no Poder: Uma Questão da Democracia
Também estarão presentes na abertura do Seminário, a coordenadora da Bancada Feminina da Câmara Federal, Deputada Sandra Rosado, representantes do PNUD e do UNIFEM no Brasil, entre outras autoridades.
No dia 10 de março o Seminário acontece a partir das 9 horas da manhã, no Salão Oeste do Palácio do Planalto. Em duas mesas, serão debatidos temas como: a sub-representação das mulheres nos espaços de poder e decisão; a democracia, as mulheres e o poder; e a reforma política.
O Seminário contará com a presença de Françoise Gaspard, cientista social francesa, autora de trabalhos sobre o tema da paridade e experiência na vida política como prefeita e deputada, e da ministra Dilma Roussef, Casa Civil.
Observatório Brasil de Igualdade de Gênero - Esta é uma iniciativa da SPM em parceria com instituições governamentais, não-governamentais, universidades, agências internacionais e representantes da sociedade civil. O observatório contará com um site e funcionará por meio de grupos de trabalho que farão o monitoramento e produzirão análises e conteúdos sobre indicadores, políticas públicas, comunicação e mídia e legislação e legislativo. Neste ano, seu foco temático é Mulheres, Poder e Decisão.
Segundo a ministra Nilcéa Freire a iniciativa de lançar um Observatório no Brasil surgiu a partir da criação de um Observatório de Gênero para América Latina e Caribe, no âmbito da Comissão Econômica para a América Latina e Caribe (CEPAL) como estratégia de disseminação de informações acerca das desigualdades de gênero e dos direitos das mulheres. "A existência desse Observatório é importante para a sociedade e para o governo federal, porque é uma ferramenta que visa à formulação e o aperfeiçoamento de políticas públicas voltadas para a realidade das mulheres no Brasil", afirmou a ministra.
Programação:
Seminário Mais Mulheres no Poder: uma questão da democracia: 9 de março de 2009
> 18h - Cerimônia de Abertura
> Lançamento do Observatório Brasil da Igualdade de Gênero
> Homenagem a mulheres brasileiras que ocupam espaços de poder e decisão
> Local: Auditório Central do Memorial JK
> Eixo Monumental - Lado Oeste - Praça do Cruzeiro - Brasília/DF
10 de março de 2009
> Horário: 09h às 18h
> Local: Salão Oeste do Palácio do Planalto - Praça dos Três Poderes - Brasília/DF
> 9h00 às 13h00
> Mesa 1 - Mulher, Poder e Democracia: uma articulação necessária.
> Coordenação: Nilcéa Freire - Ministra da Secretaria Especial de Políticas para as Mulheres
> Integrantes:
> Dilma Rousseff - Ministra Chefe da Casa Civil (a confirmar)
> Françoise Gaspard - Professora da Escola de Altos Estudos em Ciências Sociais (França), integrante do Centro de Análise Sociológica e de Intervenção (EHESS/ CNRS) e do Comitê CEDAW/ONU
> Luiza Erundina – Deputada Federal, integrante da Bancada Feminina no Congresso Nacional
> Kim Bolduc - Coordenadora-Residente das Nações Unidas no Brasil e Representante-Residente do PNUD Brasil
> 13h às 14h30 - Intervalo para o almoço
> 14h30 às 17h
> Mesa 2 - Mulheres, espaços de decisão e eleições 2008.
> Coordenação: Raquel Guisoni – representante do Conselho Nacional dos Direitos da Mulher
> Fátima Jordão - Um olhar sobre a pesquisa mulheres e espaços de decisão
> Especialista em pesquisa de opinião e comunicação política, integrante do Colegiado Diretor do Instituto Patrícia Galvão.
> Luiza Bairros - Um olhar sobre as mulheres negras
> Socióloga, Secretária Estadual de Promoção da Igualdade do Estado da Bahia.
> José Antônio Moroni - Um olhar sobre a reforma política
> Filósofo, integrante do Colegiado de Gestão do Instituto de Estudos Socioeconômicos.
> 17h às 17h30 – Mesa de Encerramento
> Nilcéa Freire – Ministra da Secretaria Especial de Políticas para as Mulheres
> Clara Charf – representante do Conselho Nacional dos Direitos da Mulher
> 17h30 - Café