01 março 2009

Deu no DFTV - Fidelidade Partidária



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Troca de partido está proibida desde 2007
Proibição para político mudar de partido depois de eleito é do TSE e vale para cargos eletivos do Executivo e do Legislativo. Com tanta troca, nem sempre o eleitor lembra do partido do candidato.


Você lembra do partido dos candidatos que votou nas últimas eleições? Para muito eleitor, o partido é o de menos. O voto foi para o candidato, e tem explicação. “O partido pode ser sujo, mas a gente sente confiança é no candidato. E eles mudam muito de partido, então, se for votar por partido fica até complicado”, diz a técnica em enfermagem Raquel Brito. 

É assim mesmo. Na Câmara Legislativa, dos 24 deputados, metade já esteve em mais de uma sigla. O campeão é o deputado Benício Tavares, atualmente no PMDB. Antes, ele passou pelo PTB, PDT e Partido Progressista, o PP. 

O deputado Wilson Lima vem em segundo lugar. Já foi filiado ao PSD que se uniu ao PTB. Também esteve no PMDB e em seguida foi para o Prona, hoje Partido da República. “A conjuntura de governo muitas vezes faz com que a gente troque de partido. Eu discordo da posição dos ministros, uma vez que os eleitores não votam no partido, mas sim no candidato”, destaca o deputado Wilson Lima. 

Por outro lado, há parlamentares que nunca trocaram de partido. É o caso de Aylton Gomes (PMN), Berinaldo Pontes (PP), Cabo Patrício (PT), Cláudio Abrantes (PPS), Cristiano Araújo (PTB), Érika Kokay (PT), Geraldo Naves (DEM), Jaqueline Roriz (PSDB), Paulo Tadeu (PT), Raad Massouh (DEM), Reguffe (PDT) e Rogério Ulysses (PSB). 

Na Câmara Federal, dos oito representantes do DF apenas dois passaram por mais de uma legenda. Jofran Frejat, que já foi filiado ao antigo PFL, ao PP e ao PTB, agora está no Partido da República, e Tadeu Filippelli, que foi do PP e do PMDB. No Senado, dos três senadores, dois mudaram de partido: Cristovam Buarque e Gim Argello. 

Para disciplinar esse troca-troca, em 2007, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) decidiu que o político com mandato não poderá trocar de partido. Com exceção de fusão de legendas, mudança no programa partidário ou perseguição. 

No Congresso, tramitam propostas que estipulam prazo para a troca. “A própria população tem um voto muito personalista. E ela faz questão de dizer que prefere votar em pessoas que em legendas. Então, se a filiação em partidos não faz diferença para os eleitores, muito provavelmente não irá fazer diferença para os políticos”, afirma o cientista político Leonardo Barreto

Leonardo Ribbeiro / Robson Bié 

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