O mapa político da Venezuela retrata a hegemonia de Hugo Chávez. O único centro oposicionista importante é o distrito que compreende a própria capital.
Entretanto, o líder da revolução socialista bolivariana toma providências para evitar o surgimento de novos estados governados por dissidentes. A principal medida é o enfraquecimento do federalismo.
A lei que passa o controle de aeroportos e portos para o governo central é uma prova disso. Ao minguar as fontes de recursos estaduais, promove uma centralização do país e torna os líderes locais cada vez mais dependentes de Caracas.
Aliás, Chávez não é o primeiro a ter problemas com a organização federativa. A Bolívia também vive conflitos em função da oposição que governadores da chamada “meia lua” (estados de Pando, Beni, Santa Cruz, Chuquisaca e Tarija) oferecem ao presidente Evo Morales.
O problema não é o federalismo. Pelo contrário. Os dois casos mostram o objetivo desse tipo de organização política: dividir para controlar, pois cria unidades autônomas e evita a concentração de todo o poder nas mãos de apenas uma facção política.
O federalismo é um instrumento útil contra projetos hegemônicos, garantindo a existência da oposição, algo altamente saudável para a manutenção da democracia.
2 comentários:
Leonardo, parabéns pelo post! Tenho sempre acompanhado seu blog. Muito interessante. Não se voce utiliza o msn, caso utilize, gostaria de comentar algo contigo. Abraços!
tarcicio_33@hotmail.com
Hehehe, hoje estamos assistindo o circo que é o federalismo, a desunião nacional, a falta de unidade. FPE, Royalties, Guerra Fiscal e coligações expurias á nível estadual. Federalismo não garante democracia, garante apenas uma máquina estatal suja, burocrática, lenta, dessincronizada, confusa e perdida, onde o chefe de foverno não tem autoridade sobre a nação que governa, dá as costas ao legislativo e vice-versa.
Viva o estado unitário e as regiões simplesmente administrativas ligadas ao governo Nacional.
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